terça-feira, 31 de março de 2009

EDUCAR PARA OS VALORES...



EDUCAÇÃO MORAL E RELIGIOSA CATÓLICA

No mundo hodierno onde pulsa a força duma juventude ávida e sedenta de novas experiências, aventuras e desafios, onde a incapacidade de filtrar o que é bom ou mau para a sã estrutura e edificante do ser humano, os valores perderam o sentido nobre e construtor nas vidas das pessoas individualmente, da sociedade e da família.
Cabe-nos a nós adultos bem formados, homens e mulheres já feitos, de transmitir esses valores que requerem modelos de identificação, ou seja, de sermos fiéis condutores de valores que promovam e dignifiquem o Homem.
Porque como diz L. Raths: «Por que não lançar-se à tarefa de ajudar a criança a tomar toda a confusão que já existe na sua mente, retirá-la daí, olhá-la, examiná-la, dar-lhe algumas voltas e pô-la em ordem? Por que não podem os educadores aprender a destinar parte do seu tempo a ajudar as crianças a compreender a desconcertante variedade de crenças e atitudes que saturam a nossa vida moderna e decidir quais lhe parecem a eles que convém? Não é este o caminho que conduz aos valores, a valores claros e pessoais?»
Porque educar é desenvolver o sentido da responsabilidade pessoal e formar para a cidadania. É receber os conhecimentos (a memória) de uma comunidade, interpretar o quotidiano e projectar o futuro pessoal e social. Tudo isto acontece não de uma forma neutra, mas inserido numa tradição viva de valores que confira identidade própria a qualquer projecto educativo.
A disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica não tem em vista uma catequese, mas uma formação humana e racional de espírito crítico em ordem aos valores tendo em conta o Homem todo, na sua dimensão afectiva cognitiva, moral, e comportamental que são trespassados pelo Evangelho de Jesus Cristo do qual a Igreja Católica é fiel depositária de o defender e transmitir o todas as gerações. Temos assistido com muita serenidade a uma certa tentiva de afastamento ou de retirar do currículo esta disciplina, mas cabe a todos nós quer sejamos católicos e em especial estes, quer a todos que anonimamente o não o são, mas defendem os valores universais de salvaguardar o Homem e a sua identidade.
Uma educação para os Valores leva os nossos jovens a crescer em ordem uma maior autonomia, a uma maior capacidade de relação educativa e interpessoal, interagindo com tudo e com todas as coisas sem lhe parecerem maléficas e fraudulentas em primeira instância.
Não quero estar e nem estou a definir o conceito de valor, mas simplesmente a alertar para esta realidade e o contributo desta disciplina no currículo dos vossos educandos, urge a necessidade de educar-mos os nossos filhos para valores como, por exemplo, a Família e a sua vocação na sociedade, porque também são céleres as forças que tentam em sentido contrário não digo intencionalmente, mas em nome de um progresso que não tem em vista a felicidade do Homem total, mas o interesse economicista.
Todos nós queremos, que os nossos educandos cresçam em estatura e intelectualmente, mas é importante transmitir o saber, a experiência de uma civilização que mais do que nunca se quer neste mundo: uma civilização do amor.
A sabedoria de um Homem não passa só pelo intelecto, mas pelos gestos de humanização que ele é capaz de realizar, e é aí, que facto transparecem valores que fazem de um determinado indivíduo um HOMEM.